Espírito motociclístico.

O que leva uma pessoa a deixar sua casa e família para trás e rodar pelo continente Sul Americano por quase 10.000 km? O que leva esta pessoa a enfrentar lugares inóspitos, países estranhos, a enfrentar frio e calor extremos? Talvez você não saiba explicar, mas como motociclista, no fundo da alma sabe e entende bem esses motivos. A verdade é que não há uma explicação! Mas sim o prazer de interagir com diferentes paisagens, culturas e tradições. Mesmo enfrentando altitudes de quase 5.000 metros, temperaturas de pouco abaixo de 0º C até mais de 50º C, longos trechos de estradas completamente vazias cruzando regiões chamadas de “Pampas del Infierno” devido ao extremo calor.

Tudo isso só para alcançar um objetivo. Tirar uma foto na mão do deserto (quase litoral do Chile), rasgando nosso continente do Atlântico ao Pacífico.

Esse é o Mario (aquele Mario), forte nas suas convicções e inabalável nos seus objetivos, amigo e parceiro, excelente piloto e – o principal - detalhista nos seus planejamentos.

O Mario concluirá amanhã (domingo 24/02/13) sua viagem e sinto-me na obrigação de recepciona-lo na Via Dutra, dar-lhe as boas vindas e um abraço. Comprovando a existência do chamado “espírito motociclístico”.

BEM VINDO MARIO.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Terceiro dia


Finalmente nossos amigos cruzaram a fronteira entre o Brasil e a Argentina. Agora sim cruzaram o marco entre a Expedição I (Viagemsulbrasil.blogspot.com) e a Expedição II. Nossa primeira viagem nos levou até Foz do Iguaçu e deixou a vontade de cruzar a fronteira em busca de novos horizontes.

Começamos a vislumbrar o real objetivo desta expedição.

Ficha Técnica 11-02

Quilometragem rodada: 330 km

Variação de temperatura: 21º a 32º.

Velocidade em estrada: 50 a 130 km/hora

Condições meteorológicas: chuva pela manhã, sendo em alguns momentos torrenciais.

Estrada: Em boas condições de tráfego

 

Histórico:

Iniciamos o dia saído de Foz de Iguaçu, mas no momento que íamos colocar as bagagens na moto, adivinhem o que aconteceu? É isto mesmo que os que acompanham o blog estão pensando, chuva. Trouxemos as máuinas para ‘rea coberta, arrumamos tudo. Colocamos capa e pé na estrada rumo a Argentina. Em 10 km já estávamos na ponte da amizade.               

Logo a seguir fomos fazer a emigração na Argentina e supreendentemente, em menos de 15 minutos já estávamos todos liberados, mau podia acreditar, ou seja por volta das 9:00, já estávamos na Argentina.

Como em um passe de mágica, cruzamos a fronteira e a chuva foi embora, no primeiro posto paramos para tirar as capas de chuvas, ou parte delas e a  seguir rumo a programação, todos felizes pelo tempo sem chuvas.

Mais alguns quilômetros e adivinhem o que aconteceu? Isso mesmo, mais chuvas, mas desta vez o Celestino foi a frente de nosso Líder Coelho e sinalizou para pararmos, felizmente uns 300m antes da chuva, impressionante! era tipo uma depressão e víamos do outro lado a chuva caindo, foi o tempo de colocar as capas, pantufas e outros adereços e seguimos agora com a chuva mais torrencial de toda a viagem, muito tenso com asfalto liso curvas perigosas até que encontramos outro posto e tomamos nosso primeiro café/chocolate na Argentina até que o tempo melhorasse.

Após uma diminuição da intensidade da chuva, colocamos o pé na estrada novamente em direção as Ruínas de San Ignácio, onde aproveitamos para almoçar.

Quem for neste caminho, vale a pena fazer a visita, são ruínas ainda em boas condições de preservação da época dos Jesuítas que começaram a serem erguidas por volta do ano 1.700.

Como ninguém é de ferro, chegamos por volta das 16:00 em Posadas. O dia de hoje foi light, comparados aos anteriores.