Espírito motociclístico.

O que leva uma pessoa a deixar sua casa e família para trás e rodar pelo continente Sul Americano por quase 10.000 km? O que leva esta pessoa a enfrentar lugares inóspitos, países estranhos, a enfrentar frio e calor extremos? Talvez você não saiba explicar, mas como motociclista, no fundo da alma sabe e entende bem esses motivos. A verdade é que não há uma explicação! Mas sim o prazer de interagir com diferentes paisagens, culturas e tradições. Mesmo enfrentando altitudes de quase 5.000 metros, temperaturas de pouco abaixo de 0º C até mais de 50º C, longos trechos de estradas completamente vazias cruzando regiões chamadas de “Pampas del Infierno” devido ao extremo calor.

Tudo isso só para alcançar um objetivo. Tirar uma foto na mão do deserto (quase litoral do Chile), rasgando nosso continente do Atlântico ao Pacífico.

Esse é o Mario (aquele Mario), forte nas suas convicções e inabalável nos seus objetivos, amigo e parceiro, excelente piloto e – o principal - detalhista nos seus planejamentos.

O Mario concluirá amanhã (domingo 24/02/13) sua viagem e sinto-me na obrigação de recepciona-lo na Via Dutra, dar-lhe as boas vindas e um abraço. Comprovando a existência do chamado “espírito motociclístico”.

BEM VINDO MARIO.

domingo, 20 de janeiro de 2013

A Rainha pronta para 9.000 Km!

A Rainha (Boulevard do Mario) prontinha para partir rumo ao Pacífico. Agora devidamente identificada com as bandeiras dos países visitados.

sábado, 12 de janeiro de 2013

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Burocracia

Um dos itens que deram mais trabalho foi a burocracia para sair do país com as motos: Precisamos tirar a PID - Permissão Internacional para Dirigir, Carta verde - tipo um DPVAT para o Mercosul e tomar vacinas contra a febre amarela e hepatite.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Premissas para roteiro

Tomamos como base algumas características individuais e coletivas para nortear nosso roteiro, tais como:
- Autonomia das motos;
- Só pilotar durante o dia;
- Gradiente térmico enfrentado;
- Manter a velocidade máxima da via;
- Prever paradas extras para fazer fotos e vídeos.

Assim, montamos ( o Mário na verdade ) um quadro horário que não ultrapasse estes parâmetros de segurança e conforto.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A expedição II

Deserto do Atacama

Com origem a mais de 23 milhões de anos, criado pelo movimento de subducção de placas tectônicas é o mais antigo deserto do planeta, muito embora um dia já tenha sido mar. Daí a quantidade enorme de sal em sua superfície (os Salares). Se não bastasse isso para ter seu destaque entre as paisagens mais extremas do planeta, é também o mais seco. Certa de 50 vezes mais seco que o Vale da Morte nos Estados Unidos, com índice pluviométrico de menos de 0,5 cm ao ano.

E para chegar lá cruzaremos o Pampa del Inferno na Argentina e as Cordilheiras dos Andes no Chile em altitudes que chegam a 4.800 metros acima do nível do mar. Pilotaremos trechos diários de mais de 800 km em temperaturas de até 50 graus apesar de enfrentarmos temperaturas negativas ao cruzar a Cordilheira dos Andes.

E já que estamos no Deserto do Atacama, por que não dar uma esticadinha ao Oceano Pacífico?? Vamos também a cidade de Antofagasta no litoral do Chile, conhecida como a princesinha do Pacífico. Resumindo, nossa expedição vai do Atlântico ao Pacífico.

Para que tudo isso possa se realizar com a máxima segurança e responsabilidade iniciamos o planejamento com 4 meses de antecedência.