Espírito motociclístico.

O que leva uma pessoa a deixar sua casa e família para trás e rodar pelo continente Sul Americano por quase 10.000 km? O que leva esta pessoa a enfrentar lugares inóspitos, países estranhos, a enfrentar frio e calor extremos? Talvez você não saiba explicar, mas como motociclista, no fundo da alma sabe e entende bem esses motivos. A verdade é que não há uma explicação! Mas sim o prazer de interagir com diferentes paisagens, culturas e tradições. Mesmo enfrentando altitudes de quase 5.000 metros, temperaturas de pouco abaixo de 0º C até mais de 50º C, longos trechos de estradas completamente vazias cruzando regiões chamadas de “Pampas del Infierno” devido ao extremo calor.

Tudo isso só para alcançar um objetivo. Tirar uma foto na mão do deserto (quase litoral do Chile), rasgando nosso continente do Atlântico ao Pacífico.

Esse é o Mario (aquele Mario), forte nas suas convicções e inabalável nos seus objetivos, amigo e parceiro, excelente piloto e – o principal - detalhista nos seus planejamentos.

O Mario concluirá amanhã (domingo 24/02/13) sua viagem e sinto-me na obrigação de recepciona-lo na Via Dutra, dar-lhe as boas vindas e um abraço. Comprovando a existência do chamado “espírito motociclístico”.

BEM VINDO MARIO.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O retorno.

Agora com a conquista do objetivo nosso amigo Mario está voltando para casa. Boa viagem Peregrino!!!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sétimo dia

Não farei nenhum comentário sobre a narrativa do Mario. Ela por sí só retrata toda angústia sentida pela ausência dos demais integrantes da viagem, toda a felicidade de desvendar as belezas da estrada e toda exaustão das jornadas diárias de muitos quilómetros.


Ficha Técnica 15-02
Trecho: Divisa Chile x San Pedro
Quilometragem rodada: 140 km
Variação de temperatura: 5º a 23º.
Velocidade em estrada: 60 a 120 km/hora
Condições metereologicas: Tempo bom – muito sol
Estrada: Em boas condições de tráfego

Histórico:
Foi uma decisão muito difícil a ser tomada, o Celestino estava com a moto parada, a Thaís e eu estamos sentindo muito o mal das alturas. O Coelho ponderou que eu deveria continuar a viagem, pois este era um sonho meu que se realizaria e ele daria a assistência ao Celestino e a Thaís. A propósito, a pouco mais de três anos quando tirei minha habilitação para moto, até hoje já pilotei neste período mais de 40.000 km, tive alguns sonhos e este estava incluso, faltando pouco mais de 400 km para sua concretização. Apesar da situação dos companheiros, tinha ali a oportunidade de continuar com o grupo de motociclistas de Curitiba que me convidaram para participar junto a eles que tinham o mesmo objetivo de chegar até a “Mão do Deserto” em Antofagasta.
Decisão tomada,  foi muito sacrificante levantar arrumar a bagagem e coloca-la na moto. O coração sangrava em deixar os companheiros para traz e o mal das alturas mal me deixava de pé. Auxiliados pelos novos colegas que me deram as folhas de coca para mascar mais o chá de coca, me senti um pouco melhor, os mesmo me ajudaram a colocar toda a bagagem e amarrar na moto e assim fui solitário mais cedo para a imigração a fim de solicitar auxílio para tomar um pouco de oxigênio, o que não foi possível devido o estoque ter sido zerado.
Aguardei os demais colegas chegarem fazer a imigração e seguimos a viagem por volta das 11:00 com uma temperatura de 9 graus. Logo chegamos à divisa Argentina / Chile, com parada para fotos, seguimos em frente e como já era esperado o lado chileno (Paso de Jama) deveria ser visitado por quem tivesse condições, a cada curva, a cada lombada um novo cenário vai se mostrando a sua frente todos sempre com algum brinde de ponto cobertos pela neve, é indescritível!!! Vale qualquer sacrifício. Espero que Deus me de a oportunidade de voltar a ver estes cenários novamente.
Mais adiante paramos novamente no local onde no dia anterior havia caído a nevasca interditando a estrada. Existia neve apenas nas encostas próximo a estrada, nada que viesse a comprometer nossa segurança, logo a seguida por mais incrível que parece, tinha uma pick-up Pajero com a frente bastante danificada, mais tarde soubemos que havia escorregado no gelo formado pela baixa temperatura com nevasca. Sábia decisão que os curitibanos tomaram em retornar ao posto junto a imigração argentina.
Seguimos em frente, com outras paradas para fotos coloquei apenas algumas no álbum (http://pt.fotoalbum.eu/peregrinosnoatacama) e por volta das 14:00 horas estávamos fazendo a imigração no lado chileno já dentro da cidade de San Pedro do Atacama.
Ao final do dia recebi a informação do amigo Jorge que não pode participar desta expedição que a moto do Celestino está sendo embarcada para o Brasil, a Thaís já melhorou e com o Coelho estão retornado solo para o Rio de Janeiro. Que Deus os acompanhe!

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Sexto dia (Grandes problemas)

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Neste dia tivemos grandes pequenos problemas com enormes consequências. Nossos amigos sofreram muito com a falta de ar causado pela atitude. A moto do Celestino não resistiu as grandes exigências da viagem e parou devido a problemas eletro-eletrônicos. 
Ressaltamos a todos aqueles que queiram se aventurar pelas estradas da Argentina e Chile até o Atacama que tudo o que falam sobre a falta de conbustível e total ausência de suporte nas estradas é REAL. Sendo assim todo o planejamento deve ser feito para que estes itens (falta de suporte e combustivel) sejam levados em consideração.
Ao final deste dia, o balanço final foi: O Celestino sem moto retornando para o Brasil de avião, o Coelho e a Thaís voltando para o Brasil de moto e o Mario continuado a expedição com um grupo de motocilcistas de Curitiba.
É importante ressaltar que todo o contato é feito com extrema precariedade usando todos os tipos de comunicação imagináveis (Telefone celular, Viber, Latitude, e-mail) só faltou sinal de fumaça. Fato que serve para ressaltar a precariedade das estradas. Mas que na verdade só realça o sentido de aventura.
Falando em aventura. Parabéns ao Mario com sua S U Z U K I, que continuaram a viagem apesar de tudo.


Ficha Técnica 14-02
Trecho: Juy Juy x San Pedro Atacama
Quilometragem rodada: 360 km
Variação de temperatura: 8º a 23º.
Velocidade em estrada: 40 a 130 km/hora
Condições metereologicas: Tempo bom – muito sol
Estrada: Em boas condições de tráfego

Histórico:
Saímos de Juy Juy por volta das 8:00 h  em direção a San Pedro do Atacama, durante nosso percurso até a rodovia não passamos por nenhum posto de combustível, dessa forma chegamos Pumamarca que tínhamos a indicação de ter um posto, ledo engano, retornamos e fomos em outra cidade distante 20 km de nossa rota, ficamos mais de uma hora na fila do abastecimento, demos sorte, conseguimos abastecer. Máquinas abastecidas, agora rumo a subir as cordilheiras e logo começamos a ver as novas paisagens dos picos salpicados por neve é natural que a medida que íamos subindo a temperatura inversamente ia caindo.
Pouco adiante começamos a subir os famosos “Caracoles Argentinos”, um espetáculo a cada curva de 180 graus e logo chegamos ao ponto mais alto pelo lado argentino, 4.170m. Ao pararmos e descermos da moto, verificamos o que é o tão falado efeito da altitude, o marco ficava a uns 5 metros acima da estrada e para chegarmos lá parecia que estávamos escalando o Aconcaguá. Em dado momento abaixei para tirar uma foto e ao levantar parecia que pesava uma tonelada, para nós que não estamos acostumados foi uma novidade o fato! Mais adiante paramos no Grand Salar Argentino para fotos.
Seguimos em frente em direção a Susques que fica a aproximadamente 3.500m de altitude ao chegarmos a Thaís estava sentindo bastante o efeito do ar rarefeito, e conseguiu junto ao agente de turismo que fica na entrada da “cidade” (ver foto do posto) que o mesmo fizesse um chá que ajuda a combater estes efeitos, abastecemos as motos e paramos um pouco mais adiante em restaurante com direito a wi-fi (no meio do nada), demos prosseguimento em direção a fronteira com o Chile, percorridos mais ou menos um 70 km começamos a enfrentar um vento muito forte com rajada que pareciam que ia derrubar a motos e a temperatura foi despencando fazendo bastante frio, então paramos para colocar mais roupas de frio a esta altura a temperatura já beirava os 10 graus, mas com o vento parecia abaixo de zero.
Agasalhados, na hora da partida a moto do Celestino não dava partida obrigando a pedir socorro, desta forma terminamos pernoitando em uma pousada que existe na divisa entre a Argentina e Chile a uma altitude de aproximadamente 4.200 m o que fez principalmente a mim e a Thaís sofrer bastante com o efeito da altitude de qualquer forma neste local tinha um grupo de motociclistas de Curitiba também indo para San Pedro do Atacama que estavam a algumas horas em nossa frente e tiveram que retornar 60 km após a fronteira do Chile devido a nevasca que caia no momento em que eles estavam passando tornando o percurso muito perigoso.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Quinto dia


Na minha opinião este deve ser o dia mais cansativo. E não deu outra. Particularmente o calor me incomoda mais que qualquer outra condição meteorológica. Nossos amigos pelo visto sofreram com o calor do Pampa del Inferno. Abaixo segue a narrativa do Mario sobre este dia.
Ficha Técnica 13-02
Quilometragem rodada: 810 km
Variação de temperatura: 28º a 44º.
Velocidade em estrada: 90 a 140 km/hora
Condições metereologicas: Tempo bom – muito sol
Estrada: Em boas condições de tráfego, menos 150 km com muitos buracos e depressão na pista

Histórico:
Saímos de Saenz Penna as 8:30 em direção a Pampa de Los Guanacos, onde era previsto o primeiro abastecimento, devido aos acontecimentos da véspera, paramos no primeira cidade onde haviam dois postos e ambos sem gasolina, devido a região esma que estávamos entrando bateu uma certa tensão no grupo, do que fazer, prosseguir ou retornar a Saenz Pena e aguardar a gasolina chegar prevista para este mesmo dia ou amanhã, sem previsão do horário. Nest5e momento o grupo rachou nas alternativas, um componente ficou posicionado do que deveria retornar para o Hotel e aguardar a gasolina chegar, outro componente queria dar prosseguimento e o terceiro ficou dividido. Foi preciso a ponderação da nossa representante feminina, Thaís, para todo o grupo fechar em retornar 50 km no posto onde havia gasolina, todos encher o tanque mais o reservatórios que carregávamos para seguir viagem. Esta decisão custou um  tempo precioso, pois nossa jornada que já era muito grande, estávamos acrescentando mais 100 km e todo tempo parado de discussão e novo abastecimento em mais ou menos umas duas a três horas.
Superado esta dificuldade colocamos o plano “B” em ação, sob um sol escaldante. Veja as fotos em nosso álbum (http://pt.fotoalbum.eu/peregrinosnoatacama) próximo a Pampas Del Inferno, agora sabemos a razão do nome. Tem tudo a haver, a temperatura batia 42,5 graus (foto) e antes do meio dia, era uma amostra do que iríamos enfrentar. Reproduzo o comentário da Thaís “Pampas Del Inferno não é só a cidade, mas toda a região”, mais ou menos uns 300 km. O termômetro bateu o recorde em 44 graus.
Voltando a questão da gasolina, logo após a primeira cidade, conseguimos abastecer e fomos alternando postos sem combustível com outros que conseguíamos, isto fez com que parássemos bem mais do que o previsto atrasando nossa chegado no destino final.
Apesar de conseguirmos desenvolver uma boa velocidade média em torno de 100 a 120 km/hora o calor  e o estado da estrada minou a todos, ao longo do dia fomos ficando cada vez mais cansados e exaustos o que levou a fazer novas paradas extras para hidratar, o Celestino tomava quase 1,5 litro de água a cada parada.
Com muita determinação de todos fomos avançando a cada quilometro rodado fazendo as contas para a chegada. Já chegando em General Guemes, na beira de uma grande rodovia, passamos por mais dois postos sem combustível até conseguirmos um com enorme fila, mais tempo perdido. Ainda reclamam do Brasil!!!
Ao final do dia  fomos recompensados com fotos junto a placa de nosso grande desafio! Todos vibraram muito!! Valeu todo o desgaste. Mais um dia de vitória, missão cumprida, chegamos a San Salvador de JuyJuy, por volta das 21:00 e cheio de planos para amanhã

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quarto dia


O cansaço começa a diminuir reflexos, reciocínio e a paciência. Essa é a hora em que a experiência do grupo fala mais alto e todos chegam ao objetivo. Quando o Mario fala em "retas intermináveis", quase fico com inveja por não estar lá. Mas estou viajando com eles quando falo pelo Viber, por e-mail ou quando recebo seus relatos e coloco no blog. Vejam o lado bom da coisa: No próximo ano terei um relatório completo para seguir a minha própria expedição II / 2.
Ficha Técnica 12-02
Quilometragem rodada: 540 km
Variação de temperatura: 26º a 37º.
Velocidade em estrada: 50 a 140 km/hora
Condições metereologicas: Tempo bom – muito sol
Estrada: Em boas condições de tráfego

Histórico:

Fomos tomar café e ficamos discutindo qual lado estavam às nuvens escuras que o Coelho havia visto de seu quarto, se era para o lado Oeste, nossa direção ou para o lado inverso. Depois de uma sadia discurção, chegamos a conclusão que as nuvens estava a sudoeste e pela posição do vento, pressão etc, etc não iriam nos incomodar, isto que da viajar com especialistas em condições de tempo.
Quando sairmos do hotel, céu azul e de Brigadeiro apontando dia ensolarado, muita alegria em guardar as pantufas e capas. Bagagem arrumada. motos abastecidas, tudo pronto para mais um dia!
Os Deuses tem conspirado contra as fotos para o blog, tem encontrado todas as dificuldades possíveis para disponibilizaras fotos, vamos continuar insistindo, somos duro na queda!  Algumas fotos, planejamento e etc estão disponibilizadas no site: http://pt.fotoalbum.eu/peregrinosnoatacama. ficamos honrados com a visita.
Bem, voltamos a viagem,  deixamos para  trás a bela e aconchegante cidade de Posadas em direção a Itabe, quilometros mais quilometro de reta sem fim, nada de um lado e nada do outro lado, assim seguimos até a cidadezinha que tinha um único posto na rodovia, não deu outra, fila para abastecimento e aí nos tornamos a atração com fotos, repostas e etc, esta vida de estrela não deve ser muito tranqüila, mas nos sentimos os “caras”com nossas máquinas sendo a atração do Posto. Conclusão entre abastecimento, ingerir e expelir líquidos, levamos em torno de uma hora.
Seguimos agora rumo a cidade de Resistência, já do outro lado do Rio da Plata, na hora de fotografar a travessia a máquina que estava nas mãos de nossa fotógrafa oficial, deu pane, não falei que os deuses tem sido implacáveis neste aspecto, talvez para compensar outras benesses que nos tem sido dado, entre elas poder curtir toda esta viagem com saúde e sem nenhum susto maior.
Chegamos a cidade de Resistência, depois de algumas brigas com o GPS, conseguimos achar o caminho correto e fomos procurar posto de “nafta” para abastecimento, primeiro, segundo, terceiro e nada de combustível, todos sem gasolina já não lembro mais o número do posto chegou um cidadão informando onde poderíamos abastecer e nosso  Líder Coelho foi atrás, quando eu mais o Celestino saímos do posto fantasma, cadê os dois, sumiram! E agora? Para onde foram? Bem não adianta chorar, primeira coisa era abastecer. Entre uma rua e outra da cidade, passou um rapaz de bicicleta com roupa de uma rede de posto, perguntamos e batata! Indicou-nos o posto que ele trabalha e havia gasolina, bingo!
Depois de abastecidos, agora cadê o casal Sr e Sra Coelho? Liga para o celular deles, nada, liga para o Rio de janeiro, manda deixar recado no Facebook e bingo novamente, não demorou muito a Thais ligou, marcamos o ponto de encontro e rumo à cidade de Presidente Saèns Pena. Vale a pena registrar que toda esta façanha por volta de 13:00 / 14:00 debaixo de um sol de rachar e todo paramentado andando a 40 km por hora, quase derretemos e ficamos sem parada de almoço!
Chegamos a cidade de President Saèns Penna, por volta das 18:00 com alguns quilos a menos devido a transpiração, ainda bem que o hotel compensou. A cidade ficou admirada com nossa chegada, pois éramos os únicos entre as centenas de motos (maioria absoluta tipo Biz) que usava capacete. Impressionante como a cidade convive com os carros e motos. Irei colocar fotos no álbum e não estranhe em ver minha moto na calçada, isto é a lei !!!!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Terceiro dia


Finalmente nossos amigos cruzaram a fronteira entre o Brasil e a Argentina. Agora sim cruzaram o marco entre a Expedição I (Viagemsulbrasil.blogspot.com) e a Expedição II. Nossa primeira viagem nos levou até Foz do Iguaçu e deixou a vontade de cruzar a fronteira em busca de novos horizontes.

Começamos a vislumbrar o real objetivo desta expedição.

Ficha Técnica 11-02

Quilometragem rodada: 330 km

Variação de temperatura: 21º a 32º.

Velocidade em estrada: 50 a 130 km/hora

Condições meteorológicas: chuva pela manhã, sendo em alguns momentos torrenciais.

Estrada: Em boas condições de tráfego

 

Histórico:

Iniciamos o dia saído de Foz de Iguaçu, mas no momento que íamos colocar as bagagens na moto, adivinhem o que aconteceu? É isto mesmo que os que acompanham o blog estão pensando, chuva. Trouxemos as máuinas para ‘rea coberta, arrumamos tudo. Colocamos capa e pé na estrada rumo a Argentina. Em 10 km já estávamos na ponte da amizade.               

Logo a seguir fomos fazer a emigração na Argentina e supreendentemente, em menos de 15 minutos já estávamos todos liberados, mau podia acreditar, ou seja por volta das 9:00, já estávamos na Argentina.

Como em um passe de mágica, cruzamos a fronteira e a chuva foi embora, no primeiro posto paramos para tirar as capas de chuvas, ou parte delas e a  seguir rumo a programação, todos felizes pelo tempo sem chuvas.

Mais alguns quilômetros e adivinhem o que aconteceu? Isso mesmo, mais chuvas, mas desta vez o Celestino foi a frente de nosso Líder Coelho e sinalizou para pararmos, felizmente uns 300m antes da chuva, impressionante! era tipo uma depressão e víamos do outro lado a chuva caindo, foi o tempo de colocar as capas, pantufas e outros adereços e seguimos agora com a chuva mais torrencial de toda a viagem, muito tenso com asfalto liso curvas perigosas até que encontramos outro posto e tomamos nosso primeiro café/chocolate na Argentina até que o tempo melhorasse.

Após uma diminuição da intensidade da chuva, colocamos o pé na estrada novamente em direção as Ruínas de San Ignácio, onde aproveitamos para almoçar.

Quem for neste caminho, vale a pena fazer a visita, são ruínas ainda em boas condições de preservação da época dos Jesuítas que começaram a serem erguidas por volta do ano 1.700.

Como ninguém é de ferro, chegamos por volta das 16:00 em Posadas. O dia de hoje foi light, comparados aos anteriores.

 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Segundo dia

Já passa de meia noite e acabei de receber o texto referente ao segundo dia do nosso amigo (encharcado) Mario. Pelo visto foi um dia difícil, mas mesmo assim mantemos a rotina de atualizar o blog diariamente. Sendo assim lá vai...

Ficha Técnica 10-02
Quilometragem rodada: 690 km
Variação de temperatura: 18 a 32 C.
Velocidade em estrada: 50 à 130 km/hora
Condições meteorológicas: chuva em 80% do percurso, sendo em alguns momentos torrenciais.
Estrada: Em ótimas condições de tráfego

Histórico:
Saímos de Ourinhos por volta das 7:30 h e com menos de 10 km rodados tivemos o acompanhamento da chuva “full”  time até perto de Cascavel. Em alguns trechos como de Cornélio Procópio que tem várias curvas e o asfalto parecia liso a viagem ficou bastante tensa e estressante.
Não conseguimos tirar nenhuma foto com as máquinas rodando, por motivos óbvios. Sabemos que estamos devendo fotos melhores o que será feito a partir da manhã com o reforço que tivemos na equipe.
Os fatos mais pitoresco, estava programado uma parada para Eng. Beltrão e resolvemos adia-la em mais ou menos uns 30 km para almoçar em Campo Mourão em uma churrascaria, a mesma que havíamos parado na Expedição anterior. Porem nosso lider Coelho, seguiu as placas que indicavam Foz do Iguaçú passando pelo “Anel Rodoviário” de Campo Mourão e depois de rodar por muitos quilômetros, saímos após a churrascaria e demos continuidade em direção ao destino final, tudo isto debaixo de muita, mas muita chuva mesmo! Conclusão quando já estávamos com quase 240 km rodados diminuindo a velocidade para aumentar a autonomia vimos um posto que só Deus sabe a qualidade daquela gasolina, não restava outra alternativa.
O lado bom foi a churrascaria que existia ao lado,  pessoal muito solicito, serviu-nos um churrasco rodizio ao preço de um PF, tiraram fotos das motos e ficaram encantados com nossa história, prometemos no retorno almoçar novamente por lá. Sem abastecimento!
Já chegando em Foz, mais ou menos uns 150 km o tempo melhorou e saímos de uma temperatura na faixa entre 18 e 20 C para 32 C, então na última parada o Coelho guardou as “pantufas” (proteção da bota para chuva) se produziu todo para encontrar dona Coelha (Thaís) que já estava aguardando no hotel e que de agora em diante estará incorporada ao grupo. Seja bem vinda!!!!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Primeiro dia

Estamos atualizando o Blog graças ao esforço do Mario. Que ao chegar - sabe-se lá onde, escreve o texto referente a aquele dia e me manda por e-mail.
E eu, por minha vez, com água na boca tento incorporar o dia de viagem e posto no blog. 2014 que me aguarde!!!

Ficha Técnica do dia 09-02-13

Quilometragem Percorrida 890 km
Temperatura: Mínima 19º  Máxima: 26º
Condições metereológicas: Rio x São Paulo: Nublado   São Paulo x Ourinhos: Chuva fina e constante
Velocidade na estrada: Mínimo 50km/hora   máxima 130 km/hora
Neblinas em alguns Pontos

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Histórico do Dia

Iniciamos o dia colocando as máquinas na estrada logo após as 6:00 horas. De forma surpreendente a linha Amarela, Vermelha e Dutra só fomos limitados na velocidade pelos radares, pouco transito e estrada livre, antes das 7:00 já estávamos no Belvedere, antes da subida da Serra das Araras, ponto de encontro com o amigo Celestino, terceiro membro da Expedição.

Sairmos logo após as 7:00 e no inicio da subida da serra das Araras, presenciamos um Gol e um caminhão se enroscaram e o gol ficou tombado no meio da pista. Coelho foi um dos primeiros a chegar para ajudar a retirar os passageiros, um casal, que felizmente sem nenhum ferimento.

Demos continuidade a viagem com destino a São Paulo, estrada com muitos carros. Também queria o que? Sábado de Carnaval! Condições de pressão, temperatura, vento e etc, perfeitas para a pilotagem, tempo nublado, temperatura em torno de 23º, uma maravilha!!! Como já esperávamos, depois de Rezende o tráfego foi  diminuindo até a chegada em São Paulo. Era engraçado ver a pista contrária, em vários Pontos, toda engarrafada.

Nosso líder, Coelho definiu pegar o Rodo-anel em São Paulo pelo lado Sul. Depois de muitos quilômetros rodados, sempre escoltado por outra Boulevard, que seguiu para Santos e conhecia o caminho, Achei que tínhamos andado muito e perdido um bom tempo.

Finalmente chegamos a Rodovia Castelo Branco, então podemos verificar que possivelmente a decisão de sair da Marginal Tiete pode ter sido acertada. A Castelo Branco estava totalmente engarrafada, ainda por volta das 14:00 horas (bem conforma a programação) paramos em um Posto de Serviço para o almoço. No retorno pudemos constatar que todos os paulista resolveram deixar São Paulo por esta rodovia e na parte da tarde, ainda bem que os motorista são bem mais educados que os cariocas, deixando um corredor que deixaria qualquer motociclista do Rio babando, assim andamos por vários quilômetros acompanhados da garoa paulistana no corredor.

Conforme fomos distanciando da Cidade de São Paulo, o transito ia diminuindo na mesma proporção. E assim continuamos com chuva até chegar a poucos quilômetros da cidade de Ourinhos, onde chegamos por volta das 19:00 horas.

Por mais contraditório que pareça, todos os três chegaram em ótimas condições físicas, apesar das 13:00 horas de viagem e os quase 900 km, mais tensão da estrada. Ninguém se queixando das dores tão comuns entre os praticantes de moto-turismo de longa distancia.

Foi uma experiência fantástica!!