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Neste dia tivemos grandes pequenos problemas com enormes consequências. Nossos amigos sofreram muito com a falta de ar causado pela atitude. A moto do Celestino não resistiu as grandes exigências da viagem e parou devido a problemas eletro-eletrônicos.
Ressaltamos a todos aqueles que queiram se aventurar pelas estradas da Argentina e Chile até o Atacama que tudo o que falam sobre a falta de conbustível e total ausência de suporte nas estradas é REAL. Sendo assim todo o planejamento deve ser feito para que estes itens (falta de suporte e combustivel) sejam levados em consideração.
Ao final deste dia, o balanço final foi: O Celestino sem moto retornando para o Brasil de avião, o Coelho e a Thaís voltando para o Brasil de moto e o Mario continuado a expedição com um grupo de motocilcistas de Curitiba.
É importante ressaltar que todo o contato é feito com extrema precariedade usando todos os tipos de comunicação imagináveis (Telefone celular, Viber, Latitude, e-mail) só faltou sinal de fumaça. Fato que serve para ressaltar a precariedade das estradas. Mas que na verdade só realça o sentido de aventura.
Falando em aventura. Parabéns ao Mario com sua S U Z U K I, que continuaram a viagem apesar de tudo.
Ficha Técnica 14-02
Trecho: Juy Juy x San Pedro Atacama
Quilometragem rodada: 360 km
Variação de temperatura: 8º a 23º.
Velocidade em estrada: 40 a 130 km/hora
Condições metereologicas: Tempo bom – muito sol
Estrada: Em boas condições de tráfego
Histórico:
Saímos de Juy Juy por volta das 8:00 h em direção a San Pedro do Atacama, durante
nosso percurso até a rodovia não passamos por nenhum posto de combustível,
dessa forma chegamos Pumamarca que tínhamos a indicação de ter um posto, ledo
engano, retornamos e fomos em outra cidade distante 20 km de nossa rota,
ficamos mais de uma hora na fila do abastecimento, demos sorte, conseguimos
abastecer. Máquinas abastecidas, agora rumo a subir as cordilheiras e logo
começamos a ver as novas paisagens dos picos salpicados por neve é natural que
a medida que íamos subindo a temperatura inversamente ia caindo.
Pouco adiante começamos a subir os famosos “Caracoles
Argentinos”, um espetáculo a cada curva de 180 graus e logo chegamos ao ponto
mais alto pelo lado argentino, 4.170m. Ao pararmos e descermos da moto,
verificamos o que é o tão falado efeito da altitude, o marco ficava a uns 5
metros acima da estrada e para chegarmos lá parecia que estávamos escalando o
Aconcaguá. Em dado momento abaixei para tirar uma foto e ao levantar parecia
que pesava uma tonelada, para nós que não estamos acostumados foi uma novidade
o fato! Mais adiante paramos no Grand Salar Argentino para fotos.
Seguimos em frente em direção a Susques que fica a
aproximadamente 3.500m de altitude ao chegarmos a Thaís estava sentindo
bastante o efeito do ar rarefeito, e conseguiu junto ao agente de turismo que
fica na entrada da “cidade” (ver foto do posto) que o mesmo fizesse um chá que
ajuda a combater estes efeitos, abastecemos as motos e paramos um pouco mais
adiante em restaurante com direito a wi-fi (no meio do nada), demos
prosseguimento em direção a fronteira com o Chile, percorridos mais ou menos um
70 km começamos a enfrentar um vento muito forte com rajada que pareciam que ia
derrubar a motos e a temperatura foi despencando fazendo bastante frio, então
paramos para colocar mais roupas de frio a esta altura a temperatura já beirava
os 10 graus, mas com o vento parecia abaixo de zero.
Agasalhados, na hora da partida a moto do Celestino não dava
partida obrigando a pedir socorro, desta forma terminamos pernoitando em uma
pousada que existe na divisa entre a Argentina e Chile a uma altitude de
aproximadamente 4.200 m o que fez principalmente a mim e a Thaís sofrer
bastante com o efeito da altitude de qualquer forma neste local tinha um grupo
de motociclistas de Curitiba também indo para San Pedro do Atacama que estavam
a algumas horas em nossa frente e tiveram que retornar 60 km após a fronteira
do Chile devido a nevasca que caia no momento em que eles estavam passando
tornando o percurso muito perigoso.
Parabéns Mário! Viagem sensacional! Dá pra imaginar a emoção só de ver as postagens!
ResponderExcluirLucia Pereira